domingo, 7 de julho de 2013

Mamografia novo estudo gera controvérsias

Cerca de um terço dos tumores detectados através de mamografia de rotina podem não ser potencialmente mortais, segundo uma revisão de estudos publicada no “The New England Journal of Medicine”, o que reativou discussões acerca dos benefícios da triagem para câncer de mama. 
O estudo, realizado por pesquisadores americanos, analisou dados das três ultimas décadas e comprovou que somente naquele país houve um número importante de mulheres erroneamente diagnosticadas de câncer de mama, expondo-as de forma desnecessária a angustia do diagnóstico e do tratamento. 

O estudo procurou ainda ver se, alem de reduzir a mortalidade por câncer, os programas de triagem tornariam possível a redução do número de diagnósticos tardios, o que favoreceria uma melhor abordagem terapêutica. 

Foi observado que a introdução dos programas de triagem nos Estados Unidos duplicou o número de casos de câncer de mama em estágio inicial detectados a cada ano, sendo que o número de casos com diagnóstico tardio diminuiu cerca de 8%. 

Nesse sentido, a eficácia real do exame é tornar possível detectar o câncer em fases iniciais, quando a possibilidade de tratamento é maior. Mas os achados não responderam a pergunta se as mulheres devem ou não realizar testes de detecção para o câncer de mama, nem sugere que não há benefícios.

Em 2009 um grupo consultivo do Governo dos Estados Unidos recomendou que as mulheres começassem a submeter-se a mamografias de rotina a partir dos 50 anos em lugar dos 40, em parte devido as altas taxas de falsos positivos. Isto provocou uma reação dos médicos especialistas em câncer e em legisladores que disseram que para salvar vidas valia a pena arriscar-se a ter um número de falsos positivos. 

Já na Inglaterra, um painel independente de assessores após revisão de 11 estudos mostrou que para cada 10.000 mulheres de 50 anos convidadas a fazer mamografia durantes os próximos 20 anos, a triagem evitaria 43 mortes, porem se detectariam 129 casos de câncer de mama falsos, provando que para evitar uma morte se tinham três falsos positivos.

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