O
antígeno prostático específico (PSA) é uma enzima que, embora possa ser
encontrada em células das glândulas parótidas, mamárias e do pâncreas,
apresenta níveis sanguíneos que resultam exclusivamente da sua produção
prostática.
Por
isso, é um marcador específico das doenças prostáticas, notadamente das
neoplasias malígnas, cujas células produzem cerca de dez vezes mais PSA do que
o tecido benígno.
Mas,
outras afecções como Hiperplasia Benígna da Próstata, infecções locais,
manipulações agressivas da próstata (biópsias, cirurgias), e prática de hipismo
e uso de bicicleta, podem ser responsabilizadas por elevações significativas do
PSA.
Estudos
levando em conta custos e benefícios, sugerem que a realização conjunta de
toque digital e dosagem de PSA constitui a melhor forma para se diagnosticar
câncer de próstata.
Recente
pesquisa realizada na Academia Sahlgrenska da Universidade de Gotemburgo,
Suécia, e publicada na revista “Urology”, mostra que a dosagem contínua do PSA
em pacientes com câncer de próstata de muito baixo risco pode evitar a cirurgia
e a radioterapia, assim como seus efeitos adversos (incontinência e
impotência).
Para chegar a esses resultados, foram
observados 968 homens diagnosticados com câncer de próstata de baixo risco; 46%
tiveram vigilância ativa.
Dos 446
homens que foram supervisionados, 60 faleceram, embora só um relacionado com
câncer de próstata. Além disso, nenhum desenvolveu metástase.
A
monitoração ativa é feita para controlar o desenvolvimento do tumor através da
dosagem contínua do PSA e biópsias de próstata.
Nos
casos em que o tumor mostre algum indício de crescimento ou chegue a ser
agressivo, se recorre à cirurgia ou à radioterapia.
Sempre
levar em conta que uma grande proporção dos tumores detectados pela dosagem de
PSA são tumores de Baixo Risco e muitos homens podem não necessitar de
tratamentos agressivos.
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