domingo, 7 de julho de 2013

Dosagens contínuas de PSA em câncer de próstata de baixo risco evita cirurgias

O antígeno prostático específico (PSA) é uma enzima que, embora possa ser encontrada em células das glândulas parótidas, mamárias e do pâncreas, apresenta níveis sanguíneos que resultam exclusivamente da sua produção prostática.
Por isso, é um marcador específico das doenças prostáticas, notadamente das neoplasias malígnas, cujas células produzem cerca de dez vezes mais PSA do que o tecido benígno.
Mas, outras afecções como Hiperplasia Benígna da Próstata, infecções locais, manipulações agressivas da próstata (biópsias, cirurgias), e prática de hipismo e uso de bicicleta, podem ser responsabilizadas por elevações significativas do PSA.
Estudos levando em conta custos e benefícios, sugerem que a realização conjunta de toque digital e dosagem de PSA constitui a melhor forma para se diagnosticar câncer de próstata.
Recente pesquisa realizada na Academia Sahlgrenska da Universidade de Gotemburgo, Suécia, e publicada na revista “Urology”, mostra que a dosagem contínua do PSA em pacientes com câncer de próstata de muito baixo risco pode evitar a cirurgia e a radioterapia, assim como seus efeitos adversos (incontinência e impotência).
Para chegar a esses resultados, foram observados 968 homens diagnosticados com câncer de próstata de baixo risco; 46% tiveram vigilância ativa.
Dos 446 homens que foram supervisionados, 60 faleceram, embora só um relacionado com câncer de próstata. Além disso, nenhum desenvolveu metástase.
A monitoração ativa é feita para controlar o desenvolvimento do tumor através da dosagem contínua do PSA e biópsias de próstata.
Nos casos em que o tumor mostre algum indício de crescimento ou chegue a ser agressivo, se recorre à cirurgia ou à radioterapia.
Sempre levar em conta que uma grande proporção dos tumores detectados pela dosagem de PSA são tumores de Baixo Risco e muitos homens podem não necessitar de tratamentos agressivos.

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