Estudo norte-americano do Instituto do Câncer Dana-Faber, de Boston, mostra que naquele país o cuidado espiritual do paciente terminal é ainda pouco frequente ao final da vida.
A razão
desse pouco envolvimento é possivelmente pela falta de formação, pois, apenas
13% dos profissionais de saúde afirmam terem recebido alguma orientação nesse
sentido. Essa situação está ocorrendo apesar das atuais diretrizes
americanas de cuidados paliativos alertar para que os médicos prestem muita
atenção às necessidades religiosas e espirituais que podem surgir durante o
final da vida. Esse estudo, publicado recentemente na revista especializada
“Journal of Clinical Oncology”, foi realizado com 204 médicos, 118 enfermeiros
e 69 pacientes com câncer avançado.
De
concreto, os enfermeiros manifestaram que dão atenção especial a 31% dos
pacientes, enquanto que os médicos o fazem em 24%.De sua parte, os pacientes
oncológicos afirmaram que essas assistências são feitas em taxas bem mais baixas,
ou seja, 14% e 6%, respectivamente.
Estudos
anteriores já mostravam que o cuidado espiritual dos pacientes gravemente
enfermos melhora sua qualidade de vida, aumenta a satisfação geral com a
atenção hospitalar e reduz o tratamento médico agressivo.Alem disso, esse
cuidado leva a uma redução de gastos com a saúde de um modo geral.
Por
fim, conclui o estudo que os profissionais de saúde devem ver que esse tipo de
atenção não pode passar despercebido, como ocorre atualmente, e que mudanças em
atitudes e percepções precisam ser feitas.
Em nosso meio, são poucos os relatos
científicos dessa atividade, apesar de sabermos dos grandes esforços feitos por
programas de humanização encontrados em vários ambientes hospitalares.
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